Quero tornar público, nesse dia dedicado aos fotógrafos, minha especial predileção por um: César Oliveira, que além de primar pelo aprimoramento técnico, cuidadosíssimo na relação com a tecnologia que afeta sua profissão, fez-se respeitado na difícil arte do jornalismo fotográfico, em Sergipe. As principais qualidades do fotógrafo de jornal são a inteligência veloz que o coloque no átimo da notícia, e o pleno conhecimento dos fatos de interesse midiático que o tornem esperto e certeiro no clic. Estas qualidades raras, são, atualmente, unanimemente reconhecidas no fotógrafo César Oliveira. Concordam?

Pois eu o conheci meninote, acionando uma maquininha qualquer para registrar os malucos FOLHA DA PRAIA, na calçada do Jornal de Sergipe, curtindo a larica no matinal mingau de puba, enquanto aguardávamos a Folha semanal impressa, que, depois, invadiria a praia de Atalaia como o novo jornalismo a serviço do desbunde literário, como um jornal nanico que interpretava os humores do seu tempo, tão safado e consequente quanto nos permitia a revolução de costumes que grassava, finalmente, na acanhada sociedade sergipana.

César nos seguiu e o seu papel na consolidação do Folha da Praia foi extremamente importante. Sua agilidade bateu com a nossa, aquele menino que conquistara seu lugar na nas alternativas do mingau de puba, consolidou-se, como fotógrafo essencial ao projeto histórico da Folha da Praia.

Este César Oliveira é a minha escolha carinhosa, entre os tantos fotógrafos sergipanos que eu admiro, por ter passado por mim e ter- se desgarrado em busca da sua glória individual, um cabra que dignifica a geração Folha da Praia e que enche o meu coração de orgulho.

Amaral Cavalcante- 02/setembro/ 2014