O debate de hoje, e que deve perdurar por muito tempo, é um debate mural: quem vai pagar a construção do muro na fronteira americana com o México?

O presidente mexicano, Penha Nieto, já respondeu ao presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que o México não iria pagar pela construção do muro coisa nenhuma, mas a obra gigantesca da plataforma de campanha de Donald, ontem, transformou-se em ordem de serviço, enfim construa-se!

O muro de Jericó, considerado “inderrubável”, intransponível, foi derrubado no grito, segundo as escrituras. Mas o muro que se erguerá nos 3 mil quilômetros de fronteira nos territórios americano e mexicano chegou para não ser derrubado nem mesmo se Josué voltasse e comandasse novamente a nação israelita, para derrubar com gritos e buzinas de chifres de carneiros a muralha de Jericó.

Enquanto outros muros, hoje, são lembrados como tempos negros da humanidade, como o muro de Berlim, o quadragésimo-quinto presidente americano volta ao tempo nebuloso, ordenando que se erga um muro imensurável na história contemporânea, com o objetivo de conter a invasão mexicana em busca do “american dream”, que nem existe mais.

São onze milhões de imigrantes ilegais em território americano, vivendo na clandestinidade, trabalhando em serviços que os nativos se recusam a fazer. Atrás de cada privada lavada, há um imigrante ilegal.

Paro por aqui. Não pretendo pular este muro mas, fica a pergunta: a empresa que vai construir este muro seria a Odebrecht? Ou a fantástica holding de Eike Batista?