Pintor, desenhista e produtor cultural, Fábio Sampaio nasceu na cidade de Santos/SP no dia 29 de outubro de 1971. Autodidata, desde criança sempre esteve envolvido em atividades culturais. Herdou dos pais a veia artística e o gosto pelas artes. Fez, dessa herança, transmitida em vida por meio de muitos ensinamentos, a sua profissão. Seus primeiros rabiscos remotam aos cadernos escolares. Na adolescência, já revelava o seu talento através dos desenhos e das ilustrações em nanquim; aos 18 anos, a cor começou a aparecer em sua arte e, aos 21 anos, já trabalhava profissionalmente como artista visual. Graduou-se em Técnico em Edificações, em Santos/SP.
Em 1991, transferiu-se para Aracaju, cidade que escolheu para viver e trabalhar. Disciplinado e sistemático, estabelece rotina para realizar a sua arte. A partir de pesquisas e simples anotações, desenvolve um tema circunscrito à sua própria existência e/ou ao seu entorno, que pode ser sobre a vida, a morte, o amor, o sexo ou ironias. Só depois de escolhida a técnica ou o suporte que melhor se adequa à ideia, executa a obra.
Suas principais influências são Guto Lacaz, Nelson Leirner e o grafiteiro etíope que viveu em Santos Alex Vallauri, considerado o pioneiro na arte do grafite no Brasil e responsável em levar a arte de rua para as galerias e os museus. Já morando em Aracaju, encantou-se pelas obras de Jenner Augusto e de Antônio Maia, deste fez uma releitura contemporânea dos seculares ex-votos. Foi aluno de Elias Santos por quem tem uma grande admiração em razão do compromisso dele com o desenvolvimento das artes em Sergipe.
Não obstante o risco com “enquadramentos” de artistas em escolas ou estilos — pois a arte independe de conceitos —, sobretudo, quando falamos de arte contemporânea, podemos considerar Fábio Sampaio um artista conceitual, que usa uma linguagem atual e universal, inspirada pelo modernismo, em cujo trabalho se observa mesclas de estilos, notadamente o minimalismo e o expressionismo.
Para ele, também, não há hierarquia entre muros, tapumes, cercas ou telas, todos esses lugares são igualmente adequados para manifestar a sua arte, todos podem servir como meios de expressão de sua linguagem artística.
Atuante na cena cultural, Fábio Sampaio tem participado de importantes exposições. Em Aracaju, realizou, entre outras, as seguintes individuais: em 1998, no Brasil@Net – SESC; em 1999, no Espaço Cultural Yázigi, com “As Quatro Estações”; em 2000, no SESC, com “Previsões para uma Nova Estação”; em 2008, na Galeria Jenner Augusto com “Transparências”. Em 2012, realizou as exposições: “Separação de Corpos”, na Campos Galeria de Arte, em Campos/RJ e “Boa Romaria Faz Quem em Sua Casa Está em Paz”, na Casa Galeria Loly Demercian, em São Paulo/SP. Ainda em 2012, participou da coletiva“Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju. Em 2015, participou da coletiva “Um sentir sobre as Artes Visuais em Sergipe”, sendo, ainda, um dos 50 artistas retratados no livro de mesmo nome, organizado por Mário Britto.
No ano de 2013, realizou as exposições: “Boa Romaria Faz Quem em Sua Casa Está em Paz”, no Centro Histórico Mackenzie, em São Paulo/SP; “(Ré)Invenção da Paisagem Doméstica”, na Galeria Zé de Dome, em Aracaju/SE e “Retrovisor (retrospectiva)”, na Pinacoteca do Centro de Cultura e Arte –, CULTART –, da Universidade Federal de Sergipe.
Entre as colectivas destacam-se as exposições ocorridas em São Luís/MA, no Palacete Gentil Braga – UFMA; em Aracaju/SE, na Galeria de Arte Jenner Augusto/Sociedade Semear – “Um Sentir sobre as Artes Visuais em Sergipe”;em Brasília/DF no Espaço Cultural do STJ e no Espaço Cultural Parangolé; em Belo Horizonte no I Salão Cataguases; em Salvador/BA, na VIII Bienal Nacional do Recôncavo Baiano e, em São Feliz/BA, no Centro Cultural Dannemann; no Rio de Janeiro/RJ, na Galeria da Petrobras e no Campos Galeria; em São Paulo/SP, na Galeria L’oiel, na Casa Galeria Rosely Demercian e na Galeria Casa Xiclet. Em 2001, no exterior, participou da II Bienal de Arte Contemporânea em Florença, na Itália.
Em sua exitosa carreira, Sampaio tem logrado importantes prêmios. Em 1990, o segundo lugar no Festival de Murais, em Santos/SP; em 1993, o primeiro lugar no Salão dos Novos da Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE; e, em 1998, o primeiro lugar no XII Salão Nacional de Arte Contemporânea da Universidade Federal de Sergipe – UFS, em São Cristóvão/SE.