Ouvindo, pela terceira vez, nesse final de semana, o cd “Minha Cara”, do Fábio Ribeiro. O trabalho é produzido pelo guitarrista Evandro Schiruder, músico que dá corpo e movimento e pelo Fábio Ribeiro, a Cara e a Alma do 2º trabalho do artista.

Em Plena ditadura da música brasileira, onde o predominante é a música descartável, sem conteúdo, de fácil assimilação, o “Minha Cara” demonstra que a festa não pode parar, e que temos que seguir em frente com o melhor que possa ser feito no pop rock brasileiro.

“Minha Cara” tem 18 faixas, sendo 5 músicas autorais do Fábio e o restante, releituras como: Me chama, de Lobão; Luz dos Olhos, de Nando Reis; passando por Belchior, Raul Seixas, Extreme, R.E.M, Legião e Lulu Santos.

As escolhas sinalizavam que se trata de um produto de apresentação comercial, onde o artista demonstra todo o seu potencial de intérprete, e que é uma ótima opção para ser lembrado em qualquer ocasião: shows da noite (barzinhos) a festas fechadas (Formaturas e afins), um excelente cartão de visita, além da parte autoral que o Fábio, com sua determinação e talento, busca espaço na pequena faixa da música brasileira de qualidade.

Mas, todas elas convergem para o mesmo ponto: O artista está preparado para enfrentar qualquer desafio.

A mistura rock, soul e pop do trabalho, com pitadas de violinos do Eduardo Monte Santo, cello de Andressa Souto e a Bateria do Júlio Fonseca, com Guitarras e Baixos do Schiruder somando à voz afinadíssima e potente do Fábio, transformam o cd “Minha Cara” num produto radiofônico e com certeza deve estar nas playlists da moçada.

O meu sentimento é que deveria ter uma regravação inclusa nesse trabalho, uma música sergipana, de uma banda sergipana, que com certeza não rendeu todo o potencial comercial que a música tem,  que é “Livre pra Voar” do Gutierre de La Peña, que o próprio Evandro Shiruder produziu e arranjou para a Alapada e Lelo Almeida, música que bem trabalhada cairia nas graças do público e se tornaria um hit propriamente dito. Fica a dica!