Roman Havasi, mais conhecida como Dança Cigana Turca é a dança realizada por alguns povos ciganos que se encontram dentro do território do antigo Império Otomano. Ou seja, apesar de ser conhecida como turca, ela é encontrada também em outros países da região próxima da Ásia Menor, como Albânia e Grécia, por exemplo.

Essa dança acompanha um ritmo peculiar de cinco tempos, mais difícil de contar para quem dança, dos que os usuais quatro ou oito tempos. A música contém elementos bizantinos ancestrais, que trazem ainda mais peculiariade para os ouvidos ocidentais.

Nesse baile, tanto homens quanto mulheres executam movimentos de quadril, principalmente com fortes marcações de pelve. Sim, homens com muita postura de forte macheza “quebram” as cadeiras. Em razão dos vários movimentos dos quadris, muitos que assistem à Roman Havasi têm a impressão de se tratar de uma dança árabe e não cigana. Embora a gente não deva confundir o povo turco com o árabe, o Império Otomano se apossou de antigos territórios do Império Árabe, e essa dança cigana turca marca, de certa forma, o entrecruzamento entre as culturas árabes,

turcas e ciganas.

Além disso, a dança mimetiza movimentos do cotidiano, como cozinhar, lavar, vender e tocar instrumentos, e diferentes expressões de humor. Também são presentes diversos passos em contratempos que remetem a galopes de cavalos. É importante recordar que os turcos são originalmente provenientes das estepes asiáticas, e, como nômades, passavam grande parte de sua vida em cima de cavalos. Assim transmitiram à dança o ritmo, através de suas memórias corporais,  dessa ação habitual de galopar.

Você pode conferir um pouco dos passos da Dança Roman Havasi, e também ouvir uma de suas músicas, no vídeo explicativo que fiz sobre ela para o IGTv:  https://www.instagram.com/tv/B7elxzNB494/?igshid=1klah39mvwe9l

Uma coreografia de Roman Havasi será dançada no próximo espetáculo do Portal Hanna Belly, Coração Cigano, que encena um casamento entre ciganos. Essa dança turca encena a chegada do noivo trazido por suas irmãs, que junto com a mãe da noiva, fizeram o papel de cupido, tecendo o enlace do casório. Se desejar conferir a dança na íntegra e de pertinho, é só nos assistir no Teatro Tobias Barreto, no dia 8 de março de 2020. Um beijo e até a próxima dança!